Dia 21 de março recebi um e-mail da Viviane, que, entre outras coisas, continha este parágrafo:
vez ou outra eu leio o issoqueeuefalei...... acho que vc podia escrever um texto pra mim tb! :) (carinha de por favor...hahahaha) Mas é que eu tenho uma técnica...quando me sinto sozinha ou to com muita saudade eu leio as biografias que o pessoal escreveu pra mim e até choro ou começo a rir de tanta coisa boa...e me faz bem lembrar...só que eu num tenho uma sua!vou começar a te cobrar hein!
Desde então, eu me planejo para escrever um pouco sobre ela. É muita responsabilidade falar de uma pessoa querida e que é terremoto de sentimentos. Tive o receio de ela não gostar de alguma parte e o tiro sair pela culatra. Resolvi arriscar, com a melhor das boas intenções, como uma pequena homenagem a uma das únicas grandes amigas que nunca mais vi depois da formatura — por enquanto. Para você, Vivi:
Ela é loira, o cabelo lisinho, os olhos são de um verde bem chamativo e o quadril foi desenhado com um Q maiúsculo. No entanto a principal característica da Viviane de Carvalho não é física, é sentimental. A Vivi é a pessoa mais emotiva do mundo, daquelas que expressa os sentimentos com naturalidade e sinceridade a todo momento. Principalmente quando a sensação é de saudade.
Aos eleitos amigos de verdade, a Vivi dedica um carinho especial, quase maternal. Talvez o cuidado advenha da desmedida diferença de idade entre ela e a turma, o que sempre a colocou no contexto social como uma figura querida, respeitada e admirada.
Viviane é uma mulher inteligente. Mas, por via das dúvidas, preparada. Não foram raros os momentos em que seus colegas de faculdade preparavam-se para ir às copiadoras adquirir material para as provas de História em dias de véspera e a ouviram dizer-se insegura por ter lido os textos apenas quatro vezes cada. No final, claro, notas e coeficiente estratosféricos. A dona do caderno mais procurado do ensino superior brasileiro.
De todos os dons dela, a escrita pode não ser o mais nobre. A não ser que a referência seja à quantidade. Ela escreve e-mails gigantescos, informativos, analíticos, interpretativos e saudosos, com lembranças de cenas memoráveis, planos de reencontros e muitas palavras digitadas sem espaço, uma atropelando a outra, num turbilhão de emoções.
Outro ponto que nunca passa batido: a origem. O interior está na cara, no jeito, no sorrisão e, como não poderia deixar de ser, no sotaque da Vivi. O R paulista do Sul de Minas compõe a personagem da típica mocinha da cidade pequena que ganhou o mundo. Os trejeitos de quietinha a acompanharam por muito tempo, até que as companheiras de universidade a apresentaram ao mundo dos efeitos e das delícias do álcool na balada.
A mulher que chegou quietinha, saiu chorando de saudades antecipadas. Deixou em quem conviveu com ela a certeza de que a amizade do grupo é eterna, real e muito forte. Tornou-se o símbolo de uma geração de pessoas que se amam.
Quer um também? Fale-me e eu escrevo. E agora temos tags, dá pra acompanhar toda a série Saudades.
vez ou outra eu leio o issoqueeuefalei...... acho que vc podia escrever um texto pra mim tb! :) (carinha de por favor...hahahaha) Mas é que eu tenho uma técnica...quando me sinto sozinha ou to com muita saudade eu leio as biografias que o pessoal escreveu pra mim e até choro ou começo a rir de tanta coisa boa...e me faz bem lembrar...só que eu num tenho uma sua!vou começar a te cobrar hein!
Desde então, eu me planejo para escrever um pouco sobre ela. É muita responsabilidade falar de uma pessoa querida e que é terremoto de sentimentos. Tive o receio de ela não gostar de alguma parte e o tiro sair pela culatra. Resolvi arriscar, com a melhor das boas intenções, como uma pequena homenagem a uma das únicas grandes amigas que nunca mais vi depois da formatura — por enquanto. Para você, Vivi:
Viviane de Carvalho
Ela é loira, o cabelo lisinho, os olhos são de um verde bem chamativo e o quadril foi desenhado com um Q maiúsculo. No entanto a principal característica da Viviane de Carvalho não é física, é sentimental. A Vivi é a pessoa mais emotiva do mundo, daquelas que expressa os sentimentos com naturalidade e sinceridade a todo momento. Principalmente quando a sensação é de saudade.
Aos eleitos amigos de verdade, a Vivi dedica um carinho especial, quase maternal. Talvez o cuidado advenha da desmedida diferença de idade entre ela e a turma, o que sempre a colocou no contexto social como uma figura querida, respeitada e admirada.
Viviane é uma mulher inteligente. Mas, por via das dúvidas, preparada. Não foram raros os momentos em que seus colegas de faculdade preparavam-se para ir às copiadoras adquirir material para as provas de História em dias de véspera e a ouviram dizer-se insegura por ter lido os textos apenas quatro vezes cada. No final, claro, notas e coeficiente estratosféricos. A dona do caderno mais procurado do ensino superior brasileiro.
De todos os dons dela, a escrita pode não ser o mais nobre. A não ser que a referência seja à quantidade. Ela escreve e-mails gigantescos, informativos, analíticos, interpretativos e saudosos, com lembranças de cenas memoráveis, planos de reencontros e muitas palavras digitadas sem espaço, uma atropelando a outra, num turbilhão de emoções.
Outro ponto que nunca passa batido: a origem. O interior está na cara, no jeito, no sorrisão e, como não poderia deixar de ser, no sotaque da Vivi. O R paulista do Sul de Minas compõe a personagem da típica mocinha da cidade pequena que ganhou o mundo. Os trejeitos de quietinha a acompanharam por muito tempo, até que as companheiras de universidade a apresentaram ao mundo dos efeitos e das delícias do álcool na balada.
A mulher que chegou quietinha, saiu chorando de saudades antecipadas. Deixou em quem conviveu com ela a certeza de que a amizade do grupo é eterna, real e muito forte. Tornou-se o símbolo de uma geração de pessoas que se amam.
Quer um também? Fale-me e eu escrevo. E agora temos tags, dá pra acompanhar toda a série Saudades.