27 de julho de 2014: O mundo para depois de 64 anos para assistir outra final de Copa no Maracanã. Em campo, os dois maiores rivais do futebol mundial: Brasil e Argentina. Nunca se viu tamanha festa em qualquer canto ao redor do globo. Uma multidão de fotógrafos se aglomera para registrar a subida ao gramado dos dois times. Os capitães Mascherano e Thiago Silva puxam as filas.
O Brasil está armado com Júlio César, Rafinha, Thiago Silva, Alex Silva e Marcelo; Denílson, Lucas, Ramires e Paulo Henrique Ganso; Neymar e Alexandre Pato. O banco de reserva tem bons nomes, como o goleiro Renan, Rafael Tolói, Sandro, Guilherme, Douglas Costa, Dentinho e o veterano Kaká. Os holofotes argentinos estão todos sobre o atacante Lionel Messi, outra vez em grande fase, com a chance de provar que pode jogar como no Barcelona e voltar ser a ser o melhor do mundo, repetindo 2009 e 2010.
Pelo lado verde-amarelo, o grande astro é o meia Ganso atual dono da 11 (não quis a 10 para evitar comparações com Pelé, outro ex-Santos). Desde que deixou o time da Vila Belmiro, no meio de 2011, o jogador coleciona conquistas. Vendido ao modesto Udinese, encantou a Itália em sua primeira temporada e levou a equipe ao Calcio. Marcou 36 gols em 34 jogos e anotou 23 assistências. Foi vendido ao Milan por um preço quatro vezes maior. Ganhou a vaga de Kaká na Seleção, é chamado de “novo Zico”. É o atual melhor do mundo, com grandes chances de renovar o título. Na Copa 2014 marcou três vezes em seis jogos – e seis vitórias. Fez o gol que eliminou a Espanha nas semifinais. Seguramente vai estar no dream team da competição.
Pelo lado verde-amarelo, o grande astro é o meia Ganso atual dono da 11 (não quis a 10 para evitar comparações com Pelé, outro ex-Santos). Desde que deixou o time da Vila Belmiro, no meio de 2011, o jogador coleciona conquistas. Vendido ao modesto Udinese, encantou a Itália em sua primeira temporada e levou a equipe ao Calcio. Marcou 36 gols em 34 jogos e anotou 23 assistências. Foi vendido ao Milan por um preço quatro vezes maior. Ganhou a vaga de Kaká na Seleção, é chamado de “novo Zico”. É o atual melhor do mundo, com grandes chances de renovar o título. Na Copa 2014 marcou três vezes em seis jogos – e seis vitórias. Fez o gol que eliminou a Espanha nas semifinais. Seguramente vai estar no dream team da competição.
O sucesso de Ganso é tanto que reina no país a chamada Gansomania. Nos jogos do Mundial, os brasileiros levam apitos com barulho de ganso e bonés com pescoço e bico da bela ave para homenagear o craque. Essa Seleção resgatou de vez o orgulho de torcer pelo país.
A expectativa é grande. Ouve-se o Eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor nitidamente do estádio. A festa é maravilhosa. O macaco Goró, do zoológico do Rio, comeu a banana do prato brasileiro e ignorou a com a marca portenha. Rola a bola.
O jogo é um misto de futebol arte e futebol força. Dribles, cortes secos, tabelas e, sempre que possível, pisões e fortes entradas. Dois cartões amarelos para o Brasil no primeiro tempo e três para a Argentina. A cada lance de ataque brasileiro, o Maraca se inflama. Gritos questionando a masculinidade dos atletas adversários divertem o estádio. As câmeras flagram diversas modelos em roupas decotadas e justíssimas torcendo pela Seleção. A bola – batizada de Jaci – não entra.
A expectativa é grande. Ouve-se o Eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor nitidamente do estádio. A festa é maravilhosa. O macaco Goró, do zoológico do Rio, comeu a banana do prato brasileiro e ignorou a com a marca portenha. Rola a bola.
O jogo é um misto de futebol arte e futebol força. Dribles, cortes secos, tabelas e, sempre que possível, pisões e fortes entradas. Dois cartões amarelos para o Brasil no primeiro tempo e três para a Argentina. A cada lance de ataque brasileiro, o Maraca se inflama. Gritos questionando a masculinidade dos atletas adversários divertem o estádio. As câmeras flagram diversas modelos em roupas decotadas e justíssimas torcendo pela Seleção. A bola – batizada de Jaci – não entra.
Num lance rápido no início do segundo e com um passe de Messi, o atacante Agüero abre o placar. E o que os argentinos chamavam de Maracanazo-azo vem à tona. A torcida argentina, apoiada por um ou outro uruguaio, levanta cartazes escrito 1950. Aos 87 minutos de jogo, Dentinho (que entrou na vaga de Neymar), sofre falta na área. Pênalti para o Brasil. Catimba, empurra-empurra, mais três cartões amarelos. Ganso pega a bola, confiante.
Agora você decide:
a) Ganso se concentra e bate forte. Pra fora. Os argentinos comemoram. Ganso senta e chora. O Brasil chora. O pior pesadelo aconteceu. Os argentinos fazem festa, dançam cumbia, dançam samba, dançam tango. O técnico Maradona solta uma piadinha atrás da outra e manda beijos irônicos para a torcida. O técnico Mano Menezes é demitido imediatamente após a partida.
Messi foi eleito o melhor da Copa. A carreira do jovem Ganso nunca mais foi a mesma. Jamais conseguiu se firmar na Seleção de novo. Ficou conhecido como o gênio que poderia ter sido e não foi.
Agora você decide:
a) Ganso se concentra e bate forte. Pra fora. Os argentinos comemoram. Ganso senta e chora. O Brasil chora. O pior pesadelo aconteceu. Os argentinos fazem festa, dançam cumbia, dançam samba, dançam tango. O técnico Maradona solta uma piadinha atrás da outra e manda beijos irônicos para a torcida. O técnico Mano Menezes é demitido imediatamente após a partida.
Messi foi eleito o melhor da Copa. A carreira do jovem Ganso nunca mais foi a mesma. Jamais conseguiu se firmar na Seleção de novo. Ficou conhecido como o gênio que poderia ter sido e não foi.
b) Ganso se concentra e bate forte. Golaço. O craque beija o símbolo da CBF, corre de braços abertos e é interceptado por uma multidão amarela de jogadores, que o abraçam. O time ganha moral. Parte para a prorrogação e pressiona, até chegar ao vira-vira, num chutasso de Pato. De virada é mais gostoso.
Ganso é eleito o melhor da Copa e revalida o posto de melhor do mundo. Vira boneco de plástico, sucesso entre as crianças. Entra para o hall dos atletas imortais e começa a ser comparado com Pelé. Diz-se que se mantiver o nível, poderá ultrapassar o Rei em questão de anos. Palavras da crítica esportiva e de craques do passado como Beckenbauer, Sócrates, Júnior, Platini, Bergkamp, Baggio, Zidane, Ronaldo e Ronaldinho.
O hexa é nosso!
Ganso é eleito o melhor da Copa e revalida o posto de melhor do mundo. Vira boneco de plástico, sucesso entre as crianças. Entra para o hall dos atletas imortais e começa a ser comparado com Pelé. Diz-se que se mantiver o nível, poderá ultrapassar o Rei em questão de anos. Palavras da crítica esportiva e de craques do passado como Beckenbauer, Sócrates, Júnior, Platini, Bergkamp, Baggio, Zidane, Ronaldo e Ronaldinho.
O hexa é nosso!
No meio esportivo, e especialmente no Brasil, a diferença entre mitos e vilões é de uma tenuidade incrível, injusta e irracional. E segue a vida.