1º de julho de 2006: Enquanto o atacante Henry comemora o primeiro gol do duelo entre França e Brasil pelas quartas-de-final da Copa do Mundo, o técnico Carlos Alberto Parreira conversa com Adriano no banco de reservas. O time verde-amarelo estava armado do meio para frente com Gilberto Silva, Zé Roberto, Juninho e Kaká; Ronaldinho e Ronaldo. Sai o pernambucano, Ronaldinho recua e o Imperador assume a frente. Restam 33 minutos de bola a rolar no gramado alemão, terra dos atuais campeões do mundo.
Com a mudança, o Brasil consegue criar jogadas, mas não conclui bem. Parreira ousa outra vez: Robinho em vez de Zé Roberto. O jogo é do time amarelo. Gilberto Silva é um carrapato em Zidane. Lúcio não deixa Henry tocar mais na bola. Faltam 21 minutos.
Kaká tenta de longa distância, o goleiro Barthez defende. Ronaldinho arrisca por cobertura, Barthez segura. Cafu tenta cruzar, erra e a bola quase entra, Barthez espalma. Ronaldo bate colocado. Barthez. Restam dois minutos. Gilberto Silva mata um contra-ataque francês e lança Adriano. Já passa dos 45. O Imperador ajeita para a perna esquerda, solta a bomba e marca um golaço. Sai correndo, tira a camisa, faz pose de Hulk antes de ser vítima de um montinho formado pelos outros 22 atletas brasileiros – a maior aglomeração humana de esbanjamento de felicidade da história dos mundiais.
Na prorrogação o Brasil joga por música. Confiante, o time canarinho enche os olhos da torcida com toques de primeira, lances de calcanhar e passes precisos. É questão de tempo para o gol. Kaká recebe pela direita, corre a largas passadas, aplica um drible da vaca no lateral Abidal e entrega a pelota a Robinho, que chega pelo centro. O garoto pedala para cima de Makélélé, passa fácil e lança Ronaldinho na esquerda. É a vez do Showman deixar Govou e Sagnol para trás com um único corte seco e lançar a bola na área para Adriano. O Imperador mata no peito, finge que chuta e toca para o lado, de onde surge Ronaldo por trás de Gallas para finalizar com estilo, decretar a virada e anotar seu décimo sexto gol na história das Copas – o maior artilheiro de sempre. Os cinco craques se abraçam e a imagem dessa união de gênios é capa de todos os jornais esportivos do mundo no dia seguinte. Fim de jogo, Brasil nas semis de novo.
Com a mudança, o Brasil consegue criar jogadas, mas não conclui bem. Parreira ousa outra vez: Robinho em vez de Zé Roberto. O jogo é do time amarelo. Gilberto Silva é um carrapato em Zidane. Lúcio não deixa Henry tocar mais na bola. Faltam 21 minutos.
Kaká tenta de longa distância, o goleiro Barthez defende. Ronaldinho arrisca por cobertura, Barthez segura. Cafu tenta cruzar, erra e a bola quase entra, Barthez espalma. Ronaldo bate colocado. Barthez. Restam dois minutos. Gilberto Silva mata um contra-ataque francês e lança Adriano. Já passa dos 45. O Imperador ajeita para a perna esquerda, solta a bomba e marca um golaço. Sai correndo, tira a camisa, faz pose de Hulk antes de ser vítima de um montinho formado pelos outros 22 atletas brasileiros – a maior aglomeração humana de esbanjamento de felicidade da história dos mundiais.
Na prorrogação o Brasil joga por música. Confiante, o time canarinho enche os olhos da torcida com toques de primeira, lances de calcanhar e passes precisos. É questão de tempo para o gol. Kaká recebe pela direita, corre a largas passadas, aplica um drible da vaca no lateral Abidal e entrega a pelota a Robinho, que chega pelo centro. O garoto pedala para cima de Makélélé, passa fácil e lança Ronaldinho na esquerda. É a vez do Showman deixar Govou e Sagnol para trás com um único corte seco e lançar a bola na área para Adriano. O Imperador mata no peito, finge que chuta e toca para o lado, de onde surge Ronaldo por trás de Gallas para finalizar com estilo, decretar a virada e anotar seu décimo sexto gol na história das Copas – o maior artilheiro de sempre. Os cinco craques se abraçam e a imagem dessa união de gênios é capa de todos os jornais esportivos do mundo no dia seguinte. Fim de jogo, Brasil nas semis de novo.
Assim como há oito anos, os le bleus sucumbem frente ao poderio verde-amarelo e ganham de vez o rótulo de fregueses. Toda a crítica esportiva do planeta questiona se alguma equipe seria capaz de vencer o Brasil, talvez a melhor equipe de todas as copas. Os jogadores, o treinador, a torcida, todo mundo ri à toa.
É, mas a alegria não durou muito. No próximo jogo o Brasil pareceu não ter entrado em campo, jogou mal e acabou sendo eliminado por 1 x 0 pro Portugal de Felipão, num gol feio do luso-brasileiro Deco. Portugal perdeu nos pênaltis a final para a Itália – já especialista em vencer mundiais nos penais.
É, mas a alegria não durou muito. No próximo jogo o Brasil pareceu não ter entrado em campo, jogou mal e acabou sendo eliminado por 1 x 0 pro Portugal de Felipão, num gol feio do luso-brasileiro Deco. Portugal perdeu nos pênaltis a final para a Itália – já especialista em vencer mundiais nos penais.
Dizem que ficou claro que o excesso de liberdade dado aos atletas brasileiros prejudicou o time. Uma vergonha à vencedora história do país nas copas. Metade dos jogadores anuncia que não joga mais pela Seleção. Deve ter faltado comprometimento, amor à camisa.
4 comentários:
Grande série de posts essa, sensacional.
Pô, a Itália penta e a gente só tetra é foda!
Mesmo assim, confesso que tive um flashback mental, voltando àquele fatídico dia 1° de julho, data de derrotas. Foi um dia triste, não só pelo futebol, e eu terminei a noite completamente embriagado no show do Pato Fu.
Bem que aquele dia poderia ter tido um final diferente, mas tudo bem: é página virada e, voltando à vida real, só o Brasil é penta.
Thiago, ou eu poderia ter mudado ao menos o fim da sua noite.
Sério?
Ah, mas deixa pra lá. O importante é que depois que o Taffarel pegou aquele penal contra a Holanda, em 98, eu passei a acreditar no tetra!
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