Na mesa de atendimento ao público do banco, duas irmãs jogam conversa fora enquanto o funcionário pesquisa alguma informação necessária no sistema. Concentrado na tela, ele ouvira, entrando por um ouvido e saindo por outro, que uma delas morava na Itália e o dia de partir para a Europa se aproximava. Até rolava um sotaque meio brasiliano.
Elas aparentam uns trinta e poucos anos. O diálogo continua. A que parece um pouco mais velha fala mais e está bem mais arrumada, cheia de joias. É a que mora fora. Ela mexe na bolsa, tira um aparelho e o põe sobre a mesa. Diz para a irmã:
- Eu vou deixar este celular com você. Quando eu te ligar, aperta esse botão aqui que ele liga a câmera interna e eu vou poder te ver. Quer dizer... nem sei se no Brasil já tem essa tecnologia.
- Acho que tem sim, não sei.
- É muito bom. Só converso com minhas amigas lá na Itália vendo elas. O ruim é quando meu marido me liga e eu tô no motel, que eu tenho que ficar virando a tela pra parede pra ele não ver onde eu tô. Aí é complicado.
Como que por um choque elétrico, a concentração do funcionário desaparece instantaneamente. Uma risada contida de canto de boca ganha força e se transforma em uma gargalhada, daquelas de abaixar a cabeça para aproveitar o riso.
A cliente, claro, percebe e inesperadamente estende o assunto ao bancário.
- Não tô certa? Tenho que tomar cuidado.
Está. Certíssima. Pelo visto, viver no terceiro mundo ainda tem lá suas vantagens.
Elas aparentam uns trinta e poucos anos. O diálogo continua. A que parece um pouco mais velha fala mais e está bem mais arrumada, cheia de joias. É a que mora fora. Ela mexe na bolsa, tira um aparelho e o põe sobre a mesa. Diz para a irmã:
- Eu vou deixar este celular com você. Quando eu te ligar, aperta esse botão aqui que ele liga a câmera interna e eu vou poder te ver. Quer dizer... nem sei se no Brasil já tem essa tecnologia.
- Acho que tem sim, não sei.
- É muito bom. Só converso com minhas amigas lá na Itália vendo elas. O ruim é quando meu marido me liga e eu tô no motel, que eu tenho que ficar virando a tela pra parede pra ele não ver onde eu tô. Aí é complicado.
Como que por um choque elétrico, a concentração do funcionário desaparece instantaneamente. Uma risada contida de canto de boca ganha força e se transforma em uma gargalhada, daquelas de abaixar a cabeça para aproveitar o riso.
A cliente, claro, percebe e inesperadamente estende o assunto ao bancário.
- Não tô certa? Tenho que tomar cuidado.
Está. Certíssima. Pelo visto, viver no terceiro mundo ainda tem lá suas vantagens.
4 comentários:
Gostei foi da naturalidade do diálogo. Banco é isso, um grande aprendizado sobre assuntos não-bancários.
Cara, trabalhar em banco parece ser mó divertido...
Essa conversa foi boa mesmo! Imagino as outras que vc está ouvindo por aí! Seria difícil pra mim manter a discrição!rs
hahahaha!!! Safada!
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