terça-feira, 21 de setembro de 2010

Crônica bancária 3


O visor e o som característico chamam a próxima senha para a mesa de atendimento do banco. Vem um jovem negro, forte, de cavanhaque. Quer abrir uma conta. Seus documentos, por favor.

Rápida conferida.

- Seu nome se pronuncia assim mesmo... Marterflay?! (Como se existisse alguma forma correta de pronunciar isso.)

- É.

- Quem inventou esse nome?

- Minha mãe.

- Como? De onde ela tirou?

- Copiou de um parente. Achou bonito (sei lá, não colou).

(...)

- Pronto, a conta tá aberta. Agora é só você assinar estes papéis aqui pra mim.

- Tá.

Começa a escrever.

- Tem dois erres?

- O quê?

- Meu nome.

- Tem não, Marterflay. Um só. Ainda bem.

3 comentários:

Maria disse...

Gastei um tempão tentando descobrir aonde caberia 2 erres. Descobri não.
=]

p.S.: vindo parar aqui por indicação de um blof favoritado no blog de um amigo. Blog legal o seu!

Samira Calais disse...

Marterfly? Ah, pior é um cara que chama Rizzioboard!

ThiagoFC disse...

Eu poderia jurar que já havia comentado esse texto.

No momento, sem mais para o momento.