Depois de tanto tempo de espera, chegara o feriado perfeito. Numa sexta-feira, o primeiro assim desde que se formara, começara a trabalhar e mudara-se para longe. Parecia que este dia nunca chegaria. Emendaria a noite de quinta à tarde de domingo. Hora de colocar em prática os mais silenciosos planos.
Estava decidido: tudo se sucederia como fora minuciosamente arquitetado. Chegou do trabalho sem conseguir disfarçar o risinho malicioso de canto de boca. Tomou um longo banho relaxante e se alimentou — precisaria de forças se quisesse mesmo cumprir o que prometera a si mesmo.
Desde que fora morar sozinho no novo lar — um apartamento pequeno, quarto-e-sala, mas aconchegante — era o primeiro feriado em que não viajaria. Tudo que pensava é que não teria pai, mãe, nem ninguém a lhe cobrar explicações no outro dia. Lembrou-se da namorada, em outra cidade, e parou por um instante. O pensamento voou. Seguiu em frente, já estava decidido. Constatou com especial prazer que, caso fosse dormir já sob os primeiros raios de Sol, ninguém jamais saberia. Sentiu-se adulto. Sentiu-se homem.
Escolheu o traje que lhe cairia melhor para a ocasião — o que ele imaginara durante todo o dia. Releu a mensagem de celular recebida da namorada, anunciando que estaria com as amigas em um bar comemorando o aniversário de uma delas. Melhor assim.
Quase tudo pronto. Faltava apenas abrir uma cerveja para encorajar-se de vez. Abriu. Caminhou, a passos lentos, com a lata na mão até o destino almejado. Só de cuecas boxer, sentou-se na cama, desenrolou o fio do controle e ligou o videogame, enquanto selecionava o Winning Eleven. Venceria a liga, custasse o que custasse.
Estava decidido: tudo se sucederia como fora minuciosamente arquitetado. Chegou do trabalho sem conseguir disfarçar o risinho malicioso de canto de boca. Tomou um longo banho relaxante e se alimentou — precisaria de forças se quisesse mesmo cumprir o que prometera a si mesmo.
Desde que fora morar sozinho no novo lar — um apartamento pequeno, quarto-e-sala, mas aconchegante — era o primeiro feriado em que não viajaria. Tudo que pensava é que não teria pai, mãe, nem ninguém a lhe cobrar explicações no outro dia. Lembrou-se da namorada, em outra cidade, e parou por um instante. O pensamento voou. Seguiu em frente, já estava decidido. Constatou com especial prazer que, caso fosse dormir já sob os primeiros raios de Sol, ninguém jamais saberia. Sentiu-se adulto. Sentiu-se homem.
Escolheu o traje que lhe cairia melhor para a ocasião — o que ele imaginara durante todo o dia. Releu a mensagem de celular recebida da namorada, anunciando que estaria com as amigas em um bar comemorando o aniversário de uma delas. Melhor assim.
Quase tudo pronto. Faltava apenas abrir uma cerveja para encorajar-se de vez. Abriu. Caminhou, a passos lentos, com a lata na mão até o destino almejado. Só de cuecas boxer, sentou-se na cama, desenrolou o fio do controle e ligou o videogame, enquanto selecionava o Winning Eleven. Venceria a liga, custasse o que custasse.