Lillizinho e Lilli 3
O Lilli sempre foi um cara especial. O tipo de pessoa que agrada todo mundo, de quem todo mundo gosta. Entre suas características, uma chamava a atenção: a capacidade de reprodução. Como que por meiose, muitos outros Lillis cruzaram nosso caminho e receberam alcunhas de numerais cardinais — que seguiram mais ou menos a ordem em que os indivíduos apareceram e/ou o grau de similaridade física com exemplar original, o 1.
No entanto, dois deles se destacaram, sem ser dos magros com os cabelos negros cacheados. Eles chegaram a Viçosa e o destino cuidou de colocá-los na mesma república do Lilli — daí a fazer parte da turma foi um pulo.
O Lillizinho chegou comendo pelas beiradas. Era amigo do irmão mais novo do Lilli e, quando chegou a Viçosa, pediu abrigo ao compatriota do Norte mineiro. A bagagem do estudante restringia-se a seu Playstation 2 e um CD de Winning Eleven. Foi cedido a ele o estreito quartinho da casa, miúdo, que combinava com seu porte mínimo.
Lillizinho foi assim apelidado pela estrutura física mais jovial, quase infantil. Superdotado de inteligência, o pequeno gênio chegou à cidade universitária tímido, ainda conhecendo a adolescência, com espinhas em vez de barbas. A pele branca combinava com a careca — fruto do triunfo da aprovação nos exames para ingresso no ensino superior — e os óculos grossos que escondiam o olhar míope, configurando um aspecto de garoto retraído. Jovial, diminuto, mas de um companheirismo incrível, sem tamanho.
Aos poucos foi se soltando. Adotou tradições, participou ativamente dos eventos organizados pelos novos amigos e aprimorou técnicas de feições faciais relativas a Paulo Dimas de Oliveira. Aprendeu a falar espanhol na balada e acatou todo o código de ética Coala. No último dia de vida acadêmica de dois dos seus amigos comunicadores, foi fisgado no corredor do PVA e intimado a assistir à apresentação de trabalho de conclusão de curso que tratava de um projeto literário envolvendo glórias de clubes futebolísticos. Prontamente aceitou. Definitivamente havia se tornado um de nós.
Lilli 3 apareceu depois. Usava boné para trás, roupas e cabelos adolescentes. Chegou transferido da universidade de Diamantina — terra do melhor carnaval do mundo. Àquela altura existia diversos Lillis 2. Assim, naturalmente, assumiu — de forma exclusiva — o terceiro posto na hierarquia.
Jovem agradável, parceiro, divertido, sempre que podia estava com a equipe. Um belo vagabundo, diga-se de passagem. Ele e Lillizinho tornaram-se dois pequenos cavaleiros do poderoso Lilli 1, algo como os capangas de uma gangue do bem. Uma cena marcante ocorreu na biografia do grão-mestre da ordem lillítica, em que 3 e Zinho coroaram a amizade com os então formandos numa tarde de muitas histórias para a eternidade.
Lilli 1 nos proveu dois bons caras.
No entanto, dois deles se destacaram, sem ser dos magros com os cabelos negros cacheados. Eles chegaram a Viçosa e o destino cuidou de colocá-los na mesma república do Lilli — daí a fazer parte da turma foi um pulo.
O Lillizinho chegou comendo pelas beiradas. Era amigo do irmão mais novo do Lilli e, quando chegou a Viçosa, pediu abrigo ao compatriota do Norte mineiro. A bagagem do estudante restringia-se a seu Playstation 2 e um CD de Winning Eleven. Foi cedido a ele o estreito quartinho da casa, miúdo, que combinava com seu porte mínimo.
Lillizinho foi assim apelidado pela estrutura física mais jovial, quase infantil. Superdotado de inteligência, o pequeno gênio chegou à cidade universitária tímido, ainda conhecendo a adolescência, com espinhas em vez de barbas. A pele branca combinava com a careca — fruto do triunfo da aprovação nos exames para ingresso no ensino superior — e os óculos grossos que escondiam o olhar míope, configurando um aspecto de garoto retraído. Jovial, diminuto, mas de um companheirismo incrível, sem tamanho.
Aos poucos foi se soltando. Adotou tradições, participou ativamente dos eventos organizados pelos novos amigos e aprimorou técnicas de feições faciais relativas a Paulo Dimas de Oliveira. Aprendeu a falar espanhol na balada e acatou todo o código de ética Coala. No último dia de vida acadêmica de dois dos seus amigos comunicadores, foi fisgado no corredor do PVA e intimado a assistir à apresentação de trabalho de conclusão de curso que tratava de um projeto literário envolvendo glórias de clubes futebolísticos. Prontamente aceitou. Definitivamente havia se tornado um de nós.
Lilli 3 apareceu depois. Usava boné para trás, roupas e cabelos adolescentes. Chegou transferido da universidade de Diamantina — terra do melhor carnaval do mundo. Àquela altura existia diversos Lillis 2. Assim, naturalmente, assumiu — de forma exclusiva — o terceiro posto na hierarquia.
Jovem agradável, parceiro, divertido, sempre que podia estava com a equipe. Um belo vagabundo, diga-se de passagem. Ele e Lillizinho tornaram-se dois pequenos cavaleiros do poderoso Lilli 1, algo como os capangas de uma gangue do bem. Uma cena marcante ocorreu na biografia do grão-mestre da ordem lillítica, em que 3 e Zinho coroaram a amizade com os então formandos numa tarde de muitas histórias para a eternidade.
Lilli 1 nos proveu dois bons caras.