Só Love. Conquista. Meu compromisso. Coisa de Cinema. Luminosa. Quero te encontrar. Fico assim sem você. O Nosso Sonho, realizado.
Findo o espetáculo, hora de ir para casa. Mas como? Cano sugeriu dormirmos por lá mesmo, no parque, e pensarmos melhor ao acordar. Eu sustentei que o melhor era ir ao estacionamento, onde, certamente, alguma alma bondosa se solidarizaria com nossa causa e nos ofereceria transporte. Ninguém se prestou a isso, claro. Até que vimos, ao longe, uma van com a porta entreaberta.
Com ar seguro, adentramos no veículo e tomamos nossos lugares, sem nem ao menos saber qual era o trajeto. Lá, descobrimos que o carro iria até Rio Branco e, com as bênçãos do velhinho motorista, acertamos nosso pagamento e deixamos Guiricema, em outra viagem de aventuras.
De novo na rodoviária rio-branquense, constatamos que o próximo ônibus com destino a Viçosa sairia dali a algumas horas. Contamos nossas economias e nos demos conta de que não tínhamos o suficiente para voltar — faltavam alguns centavos. Neste momento, um garoto cruzou a silenciosa madrugada da rodoviária, com materiais escolares a tiracolo e jeito de quem rumava a uma biblioteca — e era noite de sexta para sábado. Solicitamos, no estilo pidão mesmo, o valor que nos faltava e fomos prontamente atendidos pelo simpático menor. Então peguei no sono e desabei sobre uma mesa — sonhando com o Príncipe Buchecha e a odisséia que estava prestes a terminar.
Um sussurro nos acordou. Era um simpático homem mais velho, que nos questionava se iríamos para Viçosa. Tentando colocar as idéias no lugar e não aparentar tanto sono, cansaço e ressaca, balançamos a cabeça afirmativamente, enquanto travávamos uma luta com as pálpebras que se negavam a abrir. Ele se desculpou pela intromissão e orientou-nos a pegar um ônibus em que o horário de partida não estava no itinerário que tomamos como referência, mas saía mais cedo que os demais. Agradecemos. Em poucos instantes o coletivo chegou.
Já no ônibus nos demos conta de que não havíamos visto Elias na festa e nossos olhos e mentes se abriram: estivemos diante de um anjo, enviado dos céus para ajudar-nos a chegar ao nosso destino. Não só ele: o garoto das moedinhas, o senhor despertador, os arcanjos Coxinha e Totó Bola, o divertido mentiroso... Todos eram seres fantásticos, que se materializaram no intuito de nos proteger. Ficamos em silêncio, refletindo quão especial tinha sido nossa noite.
Na manhã de sábado estávamos de volta. Com o coração leve e feliz, de quem acabara de viver a mais mística de todas as aventuras do mundo real em busca de um ídolo.
Findo o espetáculo, hora de ir para casa. Mas como? Cano sugeriu dormirmos por lá mesmo, no parque, e pensarmos melhor ao acordar. Eu sustentei que o melhor era ir ao estacionamento, onde, certamente, alguma alma bondosa se solidarizaria com nossa causa e nos ofereceria transporte. Ninguém se prestou a isso, claro. Até que vimos, ao longe, uma van com a porta entreaberta.
Com ar seguro, adentramos no veículo e tomamos nossos lugares, sem nem ao menos saber qual era o trajeto. Lá, descobrimos que o carro iria até Rio Branco e, com as bênçãos do velhinho motorista, acertamos nosso pagamento e deixamos Guiricema, em outra viagem de aventuras.
De novo na rodoviária rio-branquense, constatamos que o próximo ônibus com destino a Viçosa sairia dali a algumas horas. Contamos nossas economias e nos demos conta de que não tínhamos o suficiente para voltar — faltavam alguns centavos. Neste momento, um garoto cruzou a silenciosa madrugada da rodoviária, com materiais escolares a tiracolo e jeito de quem rumava a uma biblioteca — e era noite de sexta para sábado. Solicitamos, no estilo pidão mesmo, o valor que nos faltava e fomos prontamente atendidos pelo simpático menor. Então peguei no sono e desabei sobre uma mesa — sonhando com o Príncipe Buchecha e a odisséia que estava prestes a terminar.
Um sussurro nos acordou. Era um simpático homem mais velho, que nos questionava se iríamos para Viçosa. Tentando colocar as idéias no lugar e não aparentar tanto sono, cansaço e ressaca, balançamos a cabeça afirmativamente, enquanto travávamos uma luta com as pálpebras que se negavam a abrir. Ele se desculpou pela intromissão e orientou-nos a pegar um ônibus em que o horário de partida não estava no itinerário que tomamos como referência, mas saía mais cedo que os demais. Agradecemos. Em poucos instantes o coletivo chegou.
Já no ônibus nos demos conta de que não havíamos visto Elias na festa e nossos olhos e mentes se abriram: estivemos diante de um anjo, enviado dos céus para ajudar-nos a chegar ao nosso destino. Não só ele: o garoto das moedinhas, o senhor despertador, os arcanjos Coxinha e Totó Bola, o divertido mentiroso... Todos eram seres fantásticos, que se materializaram no intuito de nos proteger. Ficamos em silêncio, refletindo quão especial tinha sido nossa noite.
Na manhã de sábado estávamos de volta. Com o coração leve e feliz, de quem acabara de viver a mais mística de todas as aventuras do mundo real em busca de um ídolo.
2 comentários:
Dá-lhe Didi! Até que enfim saiu a historinha do Buchecha! Fui obrigado a esboçar gargalhadas diante da minha mesa de trabalho!
E digo mais. Como única testemunha de carne e osso da história, contribuo com alguns depoimentos complementares:
1 . Elias dissera que estudava na UFV! Mas nunca foi visto por aquelas bandas. Talvez morasse, de fato, no céu...
2. Foi a primeira e única vez que tomamos cerveja com canudinho e segurando a lata com um guadanapo.
3. Literalmente, só nós curtimos o rodeio!
4. Por alguns instantes, tememos que o Buchecha não comparecesse. Mas, enfim, havíamos feito a nossa parte...
4. Houve uma briga generalizada, após o show, e, tamanho era nossa gratidão e sentimento de solidariedade, chegamos a acudir uma menina que caminhava com o auxílio de muletas.
5. O anjinho que nos deu cerca de 40 centavos estava, sexta para sábado, em plena madrugada, na rodoviária, de mochila. Sem noção isso!
6. Na rodoviária havia um espelho, na parede, enorme. Quando olhamos nosso reflexo, pela manhã, rachamos de rir do formato da nossa coluna vertebral!
Belíssimo, Didizão!!!
Uma verdadeira Odisséia digna de Ulysses... história para contar pros futuros didizinhos e caninhos!
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