O Fenômeno está de volta. Volta aos gramados, volta às manchetes, às conversas de boteco. Pela primeira vez atuando no futebol brasileiro depois de se tornar o Ronaldo — quando atuou pelo Cruzeiro Esporte Clube era apenas mais uma promessa como tantas outras —, o craque retornou ao país para vestir a consagrada camisa do Sport Club Corinthians Paulista. Recebeu uma enxurrada de críticas, claro.
O anticorinthianismo não é novidade no Brasil. Mas estender este sentimento ao jogador soa irracional. Brasileiro tem memória curta, isto é fato, mas atacar Ronaldo é como atacar o próprio país, desdenhar de um dos seus maiores heróis. Sim, o Ronaldo é um herói nacional. Foi dito como acabado para o futebol por três vezes e já se pode dizer que em todas elas deu a volta por cima. Se no Brasil houvesse honraria como, por exemplo, a de Cavaleiro da Rainha ou algo parecido, Ronaldo merecia ser o primeiro a ser coroado. Elevou o nome do país nos últimos anos e ensinou muita gente o que é determinação, força de vontade, o que é ser um guerreiro dos tempos modernos.
No primeiro amistoso do time no ano, contra o argentino Estudiantes de La Plata, o craque ainda não tinha condições físicas e não jogou, mas entrou em campo e saudou a Fiel. Segundo palavras do próprio jogador, em meio à pequena torcida dos hermanos, um rapaz, trajado com a camisa de um clube rival do seu novo time, gritou para ele em bom Português: “Ronaldo, você é uma vergonha para o Brasil”. Esta pessoa é digna não de ódio, mas de pena. Querer menosprezar a história de um ídolo nacional pelo simples e único fato de que a agremiação da qual é adepto não tem competência empresarial para contratar um reforço de tamanha importância é absurdo. O infeliz merecia prisão perpétua, umas boas chibatadas em praça pública ou um simples tapa na cara para aprender a respeitar uma pessoa de bem. Muito maior que o rapaz do insulto.
Ronaldo sempre foi exemplo dentro e fora de campo. Dentro, sagrou-se o maior artilheiro da história das Copas do Mundo, ganhou duas delas e foi artilheiro de uma, e por três vezes foi eleito o melhor jogador de futebol do ano. Fora de campo fez e faz campanhas beneficentes por onde passa e é embaixador de projetos sociais. Mais que isso, Ronaldo ensinou ao Brasil que é cada um quem define onde é seu limite e que a volta por cima sempre é possível, quer os outros concordem com você quanto a isso ou não. Assim vive o guerreiro. Uma lenda viva do esporte, o atleta em atividade no mundo com mais glórias para contar.
Quando o Fenômeno marcou o gol de empate no clássico contra o Palmeiras aos 47 minutos do segundo tempo — um dos gols mais importantes de sua extensa carreira —, Ronaldo começou a assinar seu nome da concorrida galeria de ídolos corinthianos, mas, mais que isso, contrariou as regras do futebol e provou que uma partida encerrada em um a um pode ter vencedor. O Corinthians não venceu, o Palmeiras não venceu, mas Ronaldo venceu, o Brasil venceu. A espera de mais de um ano no Departamento Médico, as cicatrizes no joelho, os dias de intenso treinamento pela manhã e tarde, tudo virou passado.
No clássico, Ronaldo precisou de meio meio-tempo para provar quem é o Fenômeno. Na primeira oportunidade em que tocou na bola, foi parado com falta. Na segunda, disparou um foguete no travessão e o destino só não deixou que ele marcasse o gol porque reservara a ele algo muito maior. Na tentativa seguinte passou pelo marcador e deixou a bola na cabeça do atacante, que não triunfou. Quando o tempo de jogo ameaçou acabar, a bola procurou seu mestre. Justo na cabeça, maior deficiência técnica do gênio da área. Gol. Redenção. Vitória do esporte.
Ele voltou. E talvez terá agora o maior desafio de sua vida. Nos últimos anos, entre clubes e Seleção Brasileira, o Fenômeno acostumou-se a olhar para o lado e ver Zidane, Romário, Figo, Kaká, Rivaldo, Beckham, Bebeto, Ronaldinho, Seedorf, Robinho. Agora verá atletas bastante limitados ou acéfalos como seu colega de posição Souza. Hora de vencer mais um desafio.
Gordo, com sobrepeso e sem ritmo de jogo, entrou no segundo tempo e mudou a história de um clássico. Imagine o que mais Ronaldo pode fazer quando voltar à condição física ideal. Um conselho? Nunca duvide de um herói, porque quando tudo leva a crer que ele vai se tombar, se levanta. Vence a batalha. E volta mais forte do que nunca.
O anticorinthianismo não é novidade no Brasil. Mas estender este sentimento ao jogador soa irracional. Brasileiro tem memória curta, isto é fato, mas atacar Ronaldo é como atacar o próprio país, desdenhar de um dos seus maiores heróis. Sim, o Ronaldo é um herói nacional. Foi dito como acabado para o futebol por três vezes e já se pode dizer que em todas elas deu a volta por cima. Se no Brasil houvesse honraria como, por exemplo, a de Cavaleiro da Rainha ou algo parecido, Ronaldo merecia ser o primeiro a ser coroado. Elevou o nome do país nos últimos anos e ensinou muita gente o que é determinação, força de vontade, o que é ser um guerreiro dos tempos modernos.
No primeiro amistoso do time no ano, contra o argentino Estudiantes de La Plata, o craque ainda não tinha condições físicas e não jogou, mas entrou em campo e saudou a Fiel. Segundo palavras do próprio jogador, em meio à pequena torcida dos hermanos, um rapaz, trajado com a camisa de um clube rival do seu novo time, gritou para ele em bom Português: “Ronaldo, você é uma vergonha para o Brasil”. Esta pessoa é digna não de ódio, mas de pena. Querer menosprezar a história de um ídolo nacional pelo simples e único fato de que a agremiação da qual é adepto não tem competência empresarial para contratar um reforço de tamanha importância é absurdo. O infeliz merecia prisão perpétua, umas boas chibatadas em praça pública ou um simples tapa na cara para aprender a respeitar uma pessoa de bem. Muito maior que o rapaz do insulto.
Ronaldo sempre foi exemplo dentro e fora de campo. Dentro, sagrou-se o maior artilheiro da história das Copas do Mundo, ganhou duas delas e foi artilheiro de uma, e por três vezes foi eleito o melhor jogador de futebol do ano. Fora de campo fez e faz campanhas beneficentes por onde passa e é embaixador de projetos sociais. Mais que isso, Ronaldo ensinou ao Brasil que é cada um quem define onde é seu limite e que a volta por cima sempre é possível, quer os outros concordem com você quanto a isso ou não. Assim vive o guerreiro. Uma lenda viva do esporte, o atleta em atividade no mundo com mais glórias para contar.
Quando o Fenômeno marcou o gol de empate no clássico contra o Palmeiras aos 47 minutos do segundo tempo — um dos gols mais importantes de sua extensa carreira —, Ronaldo começou a assinar seu nome da concorrida galeria de ídolos corinthianos, mas, mais que isso, contrariou as regras do futebol e provou que uma partida encerrada em um a um pode ter vencedor. O Corinthians não venceu, o Palmeiras não venceu, mas Ronaldo venceu, o Brasil venceu. A espera de mais de um ano no Departamento Médico, as cicatrizes no joelho, os dias de intenso treinamento pela manhã e tarde, tudo virou passado.
No clássico, Ronaldo precisou de meio meio-tempo para provar quem é o Fenômeno. Na primeira oportunidade em que tocou na bola, foi parado com falta. Na segunda, disparou um foguete no travessão e o destino só não deixou que ele marcasse o gol porque reservara a ele algo muito maior. Na tentativa seguinte passou pelo marcador e deixou a bola na cabeça do atacante, que não triunfou. Quando o tempo de jogo ameaçou acabar, a bola procurou seu mestre. Justo na cabeça, maior deficiência técnica do gênio da área. Gol. Redenção. Vitória do esporte.
Ele voltou. E talvez terá agora o maior desafio de sua vida. Nos últimos anos, entre clubes e Seleção Brasileira, o Fenômeno acostumou-se a olhar para o lado e ver Zidane, Romário, Figo, Kaká, Rivaldo, Beckham, Bebeto, Ronaldinho, Seedorf, Robinho. Agora verá atletas bastante limitados ou acéfalos como seu colega de posição Souza. Hora de vencer mais um desafio.
Gordo, com sobrepeso e sem ritmo de jogo, entrou no segundo tempo e mudou a história de um clássico. Imagine o que mais Ronaldo pode fazer quando voltar à condição física ideal. Um conselho? Nunca duvide de um herói, porque quando tudo leva a crer que ele vai se tombar, se levanta. Vence a batalha. E volta mais forte do que nunca.
4 comentários:
Arrepiante...
Ronaldo é como um Rocky Balboa dos gramados.
Bem vindo de volta, guerreiro!
Caralho, eu também tinha feito a comparação do Ronaldo ao Rocky Balboa!!! (Um dos heróis da minha infância, diga-se de passagem).
É impressionante como alguém ainda consegue subestimar pessoas como Ronaldo (ou o Rocky! hehe). Quando uma pessoa já conquista de tudo na vida, ainda assim parece que tem que provar alguma coisa. Ronaldo não precisa provar nada a ninguém, porque está bem acima de todos que o criticam, mas prova mesmo assim.
Ronaldo não é vergonha para o Brasil. Vergonha é algum acéfalo sem memória e sem gratidão ofendê-lo dessa maneira. O gol do Fenômeno contra a porcada deu esperança e certeza a muitos fãs dele, torcedores de todos os times (inclusive palmeirenses, como eu cheguei a ver no orkut), de que ele ainda tem muita bala na agulha e muito show a fazer (Mas, pelamordedeus Mano Menezes, ele tem que jogar ao menos 45 minutos).
ops... quando atuou pelo Cruzeiro foi artilheiro do Campeonato Mineiro com 23 gols e convocado para a Copa do Mundo, com apenas 17anos. Sua transferência para o PSV foi por um valor recorde, à época. Ou seja, trata-se da maior promessa que deixou o futebol brasileiro em todos os tempos, e não uma como tantas outras... podes crer?
Mas é isso aí. Tá todo mundo torcendo pelo Ronaldo! Até os anticorinthianos...!
Caro Cano,
Quando me referi a uma promessa como outras, não dizia respeito ao futebol do Fenômeno, mas sim à esperança nele depositada.
Comparativamente, um caso relevante é do Denílson, que também deixou o Brasil em transferência também com valor recorde à sua época e sob os olhos do mundo. Jamais conseguiu atuar em uma equipe de expressão europeia e hoje atua no modesto Itumbiara...
Isso sem falar nos inúmeros Rodrigo Fabbri, Daniel Carvalho e Carlos Alberto que, ano após ano, esboçam (ou esboçavam) um estouro e continuam no segundo escalão.
Disse que ele não havia se tornado “o” Ronaldo em alusão a dois pontos. O primeiro é que o jogador usava o nome Ronaldinho e o segundo é que, atuando no Brasil, ainda não era o craque, a lenda, o ídolo nacional em que se tornou, principalmente quando se transferiu para o Barcelona.
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